“É impressionante como pessoas pensam que nós não temos dinheiro para pagar por médicos, hospitais e remédios, mas de alguma forma temos dinheiro para pagar médicos, hospitais, medicamentos, e os burocratas do governo que administrariam isso.” (Thomas Sowell em Ever Wonder Why? and Other Controversial Essays, 2006)

“Não basta uma ideia ser boa, ela precisa ser operacionalmente viável.” (Adolfo Sachsida)

Apesar do que praticamente todos os veículos de comunicação e políticos vão dizer, não é a falta e recursos que gera os problemas que vemos no sistema de saúde brasileiro, mas sim o modelo como um todo. Relembrando o meu primeiro artigo para esse mercado, em que apresentei os diferentes tipos de sistema de saúde, sabemos que o SUS funciona segundo modelo de medicina socializada e o Brasil apresenta um sistema misto de saúde complementar — privado, mas altamente regulado pelo governo. Nenhum desses sistemas segue em si lógicas de mercado, ficando dependentes dos ditames de Brasília para definir em quais áreas se vai investir e quanto se pode obter com esse investimento, além de apresentarem benefícios altamente concentrados para custos extremamente dispersos — mas, hoje em dia, nem tão escondidos assim.

Vale lembrar que o SUS, assim como diversos outros sistemas de serviços públicos, surgiu com a constituição de 1988

 

Existem justificativas para intervenções do governo na economia — segundo paradigmas clássicos — que seriam na existência de problemas de informação, de monopólios ou oligpólios, e, principalmente, para adereçar externalidades — seja distribuindo o custo das positivas, seja punindo as negativas. Todavia, é sempre necessário analisar três coisas relacionadas a possíveis falhas de governo: é possível implementar o programa de solução proposto pelo governo? Qual o custo de tal solução? Essa solução vai realmente diminuir os problemas ou vai gerar maiores falhas?

 

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