O legado do governo Obama é misto, no máximo, ou ruim quando feita uma análise mais crua dos fatos. O presidente eleito em 2008 presidiu durante a pior recuperação econômica na história dos americana, durante a maior queda de participação da população econômica ativa desde que se tem registro nos livros, durante a maior expansão em termos absolutos da dívida do país — que praticamente dobrou nos últimos 8 anos –, durante a maior expansão do estado regulatório nos EUA. Além disso, foi o primeiro presidente a passar o seu mandato inteiro em guerra, foi o presidente que viu mais soldados americanos morrerem em campos de batalha desde a guerra do Vietnã, foi o presidente a autorizar assassinatos extra-legais de cidadãos americanos em solo estrangeiro, foi o presidente que viu o número de tiroteios em massa aumentar durante a sua gestão. No campo do welfare, foi o presidente que viu o maior aumento absoluto no número de cidadãos dependendo do governo para chegar até o fim do mês, foi o presidente que mais aumentou o endividamento estudantil e tornou universidades mais caras, foi o presidente que implementou uma política de saúde que deveria ter revertido a trajetória ascendente dos preços de planos de saúde mas que viu como resposta a concentração do mercado e aumentos em mais de 100% dos preços em diversos estados. Foi o presidente que viu a volta dos protestos nas ruas destruindo diversas cidades do país, foi o presidente que usou o seu ministério da justiça para investigar casos inexistentes de discriminação e impedir que a lei seja aplica, foi o presidente que processou governadores estaduais que estavam tentando fazer cumprir legislações federais em seu território.
Mas também foi o presidente mais amado por repórteres, celebridades e pelo “público em geral”.