por Carlos Góes

1. A situação fiscal no Brasil tem piorado recentemente, com um desequilíbrio nas contas públicas (o governo gastando mais do que arrecada em impostos), em especial ano passado.

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2. Com isso, a dívida do governo, que vinha caindo desde 2002, ficou estável em 2013 e subiu em 2014, algo que não acontecia de forma consistente há quase uma década.

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3. Além de uma deterioração fiscal, nos últimos anos se observou uma tentativa de direcionamento político da economia. Um exemplo é o uso da Petrobrás para evitar aumento no preço dos combustíveis antes da eleição e para uma nacionalização do pré-sal.

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4. Outro exemplo foi o governo ter evitado combater as causas efetivas da inflação, tentando regular preços (como gasolina e eletricidade) antes das eleições e preferir aceitar uma inflação maior em 2015, após garantida a reeleição.

 

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5. Com a combinação de fragilidade fiscal, intervencionismo econômico e uma recuperação econômica dos Estados Unidos, investidores passaram a retirar seu dinheiro do Brasil (tido como cada vez mais arriscado por causa dessas políticas) e levar ele de volta para outros países (tidos como menos arriscados), levando a uma desvalorização do real.

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6. Toda essa incerteza faz com que as pessoas percebam um risco maior, e atrasem consumo e investimento, desacelerando a economia.

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7. É essa combinação de fatores que tem levado a um crescimento quase nulo nos últimos trimestres, com perspectiva de recessão para a economia brasileira em 2015.

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