Por Felipe Selva

Blackface é, basicamente, o ato de pintar o rosto de preto a fim de representar um personagem negro.

Isso é considerado uma prática racista pelo fato de que, na sua origem, atores brancos utilizavam esse recurso para apresentar a figura do afro-americano de modo pejorativo e caricato, considerando-se a proibição de contratação de atores negros. Com o Movimento dos direitos civis, em 1960, o blackface foi perdendo força, na medida em que se difundia a informação de que era um elemento cultural extremamente racista.

Recentemente foi descoberto que o Primeiro Ministro do Canadá, Justin Trudeau, por três vezes, realizou essa prática para se fantasiar em festas, o que foi um escândalo de ordem mundial.

Mas isso é apenas um problema gringo?

Aqui no Brasil, infelizmente, temos casos recorrentes.
O comediante Jonathan Nemer fez uma paródia com uma música do cantor Thiaguinho e se pintou de preto.

O próprio Chico Anysio fez muito blackface com vários personagens de negros, como o Velho Zuza, por exemplo.

Paulo Gustavo publicou uma foto em seu facebook, do seu personagem Ivonete, onde também aparece pintado e com uma peruca afro.
Depois de inúmeras criticas, ele publicou uma nota na rede social se desculpando e dizendo que abandonará os estereótipos de personagem e afirmando que entende que foi uma prática racista.

No Brasil, sofremos racismo e damos risada do nosso próprio sofrimento.

Você ainda pensa que a “nega maluca” no Carnaval é uma forma de enaltecer a negritude brasileira?

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