Um grande ícone do movimento feminista é a artista mexicana Frida Kahlo. Seu rosto é estampado em diversas camisetas e suas falas citadas em seus discursos de militância. Já a empreendedora texana Mary Kay Ash não é tão lembrada por esses grupos, embora sua história mereça bastante atenção, por ter impactado milhões de mulheres ao melhorar a vida delas, uma história que precisa ser melhor conhecida.
Mary trabalhou por 25 anos como diretora de treinamentos, mas, ao ver homens que ela havia treinado sendo promovidos antes dela, percebeu que, apesar de sua inteligência e talento, era discriminada na empresa por seu gênero.
Assim, ela renunciou seu cargo e dedicou-se a escrever um livro para ajudar mulheres a enfrentarem um ambiente de negócios totalmente dominado por homens. A essência da obra representava o plano de marketing para a empresa ideal de seus sonhos.

“Eu decidi escrever minhas memórias na esperança de, talvez, ajudar outras mulheres a enfrentar problemas que eu enfrentei. Eu comecei a escrever todas as coisas boas que havia nas empresas nas quais trabalhei, então me lembrei que também havia várias coisas que achava que as empresas não faziam direito. (…) Como eu conduziria essa situação se tivesse a oportunidade e a responsabilidade?”

Dotada de seu conhecimento e experiência, fruto de mais de duas décadas em que atuou com vendas diretas, juntou suas economias e criou uma marca de cosméticos, recrutando amigas para serem consultoras de beleza independentes para a nova empresa. Ela foi fundada sobre o princípio da Ética de Reciprocidade, estabelecendo sua empresa sob três pilares: Fé, Família e Carreira. A intenção era oferecer treinamento a mulheres dispostas a alcançarem o sucesso por meio de um plano de carreira estruturado, possibilitando que as consultoras fossem donas do próprio negócio e responsáveis pelo seu crescimento pessoal e financeiro. A empresa conta ainda com diversos sistemas de incentivos e premiações, como bonificações, prêmios em jóias, viagens internacionais e o famoso carro cor-de-rosa, que se tornou ícone da marca.
Além dos seus clientes, as consultoras têm liberdade para criar sua própria equipe de vendas e, de acordo com seus números de vendas e de pessoas na equipe, atingirem altos cargos, dentro de um sistema meritocrático. As funcionárias de maior prestígio dentro da companhia são as diretoras nacionais de vendas independentes que, além de viajarem por todo o país, viajam ao exterior com frequência, além de terem rendimentos mensais bem próximos aos salários de grandes executivas.
A história de Mary Kay, dessa forma, é um grande exemplo de como o mercado é uma ferramenta essencial para a melhoria da vida de indivíduos de forma direta e indireta; de como a inserção das mulheres no ambiente corporativo é uma injeção de autoestima e independência; é a verdadeira materialização da frase “Sim, nós podemos”.
Isso contrasta com boa parte da militância feminismo atual, que coloca a mulher contra o mercado (vide o famoso “sexo anal contra o capital”), justamente esse que foi o principal responsável por sua emancipação.

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Vale dizer que foi por meio de direitos de propriedade que as mulheres conseguiram se desvincular da dependência financeira do marido ou do pai. A partir do momento em que as mulheres saíram de casa para trabalhar e conquistaram seu próprio dinheiro é que a emancipação começou; o mercado foi a ferramenta que possibilitou a nós podemos ser o que quisermos; Mary Kay é um exemplo não somente por conquistar sua independência pelo seu trabalho, mas por possibilitar que milhares de mulheres também se tornassem independentes.
A própria Ayn Rand afirmava que: “Se as mulheres sentem que há preconceito contra elas, você corrige isso espalhando as ideias certas que intelectualmente as mulheres não são inferiores aos homens”. – Mas não é isso o que as feministas estão fazendo? – “Não, elas estão pedindo poder do governo e esmola do governo (…) Vamos supor que as mulheres tenham sido injustiçadas, você não combate um mal adotando e praticando ele (…) lutem por suas carreiras como qualquer homem tem que lutar”.
O feminismo individualista é aquele que, além de ser um emancipador feminino, é acima de tudo um emancipador humano, pois luta por igualdade formal, algo que o Estado impediu legalmente por muitos anos, e ainda impede em muitos países do oriente, em que mulheres são vistas como propriedade dos homens e são proibidas legalmente de estudar, dirigir e, até mesmo, consultar-se com um médico sem a presença de seu esposo.
Hoje a empresa conta com mais de 3 milhões de representantes em 35 países, tendo, inclusive, sua filial brasileira ganhado o prêmio de “Melhores Médias e Pequenas Multinacionais Para se Trabalhar” no ano de 2013. Mary, dessa forma, mudou para sempre a maneira de se fazer negócios e encorajou milhões de mulheres a perseguirem seus sonhos e conquistarem sua independência. Ao possibilitar o aumento de renda delas, Mary foi precursora de uma verdadeira revolução feminina, de forma que podemos afirmar que ela, de fato, é um símbolo da emancipação das mulheres.

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